Brasil busca fim da hegemonia africana na São Silvestre após jejum de 6 anos
Marilson dos Santos foi o último brasileiro a vencer prova no masculino, em 2010, e Lucélia Peres venceu em 2006. Estrangeiros de seis países estão confirmados na elite.
A hegemonia africana começou em 1992, quando o queniano Simon Chemwoyo deu o título ao continente - no ano seguinte, ele repetiu o feito. De lá para cá, foram 18 vitórias de africanos contra seis dos brasileiros. Marilson foi o último brasileiro a vencer a disputa de 15km, em 2010, e Lucélia Peres foi a mais rápida entre as mulheres em 2006. Da Etiópia, estarão presentes Leul Aleme e Dawit Admasu, campeão da São Silvestre de 2014, a Tanzânia terá como destaques Augustine Sulle e Gabriel Geay, e o Quênia deposita as suas esperanças em Paul Kemboi, que venceu a Tribuna em 2016, William Kibor, vencedor da Meia Las Vegas, e Mathew Cheboi, campeão da Meia Internacional de São Paulo em 2007.
Entre as mulheres, o domínio teve início com a queniana Hellen Kimayio, em 1993. Foram 15 vitórias das corredoras da África contra cinco das locais. Neste ano, além da atual campeã da prova e de Jemima, outras candidatas ao pódio são as tanzanianas Faliluna Matanga, campeã da 10K Rio 2014 e da Tribunal 2016, e Jaclyn Sail, terceira na São Silvestre em 2013; a queniana Flomena Daniel, atual vencedora da Maratona de Saitama, no Japão, e a alemã Nadine Gill.
Além da briga na elite do atletismo, a São Silvestre terá disputas entre cadeirantes, atletas com deficiência e um pelotão de amadores. Ao longo de seus 92 anos, a São Silvestre foi se adaptando a mudanças e à cidade, tendo feito 12 de percursos e 18 distâncias diferentes. A primeira foi em 1989, quando passou a ser à tarde, dando uma maior segurança para os atletas e público. Desde 2012, o evento ocorre pela manhã, como as grandes provas no mundo.