Caio Bonfim: aos 25 anos, o maior marchador da história do Brasil

30/12/2016 13:36

Filho de ex-atletas possui melhores resultados do país nos Jogos e em Mundiais.

 

i é treinador de marcha há 30 anos e a mãe é ex-atleta da modalidade, oito vezes campeã brasileira. Com forte influência em casa, Caio até que demorou a entrar no atletismo. Começou no esporte jogando futebol, quando tinha 10 anos, nas categorias de base do Brasiliense. A marcha atlética só virou esporte principal quando tinha 16 anos, numa viagem de família: o pai convidou o filho para treinar na praia e fez uma brincadeira de quem ganharia a corrida. Caio venceu e a partir dali nunca mais parou. Tornou-se o dono do melhor resultado do Brasil nos Jogos Olímpicos (4º lugar, na Rio 2016) e em Campeonatos Mundiais de Atletismo (6º lugar em Pequim 2015, mesma colocação de Erica Sena).

Quem olha a carreira de sucesso nem imagina os dois sustos na infância que poderiam ter desviado Caio do esporte. O primeiro foi com poucos meses de vida. O atleta foi diagnosticado com meningite, mas se recuperou e ficou sem sequelas. O segundo foi uma carência de cálcio no corpo, quando ainda tinha dois anos. As pernas de Caio começaram a entortar. Ele precisou de uma cirurgia para corrigi-las. Havia um receio dos médicos se as pernas iriam entortar de novo, mas não aconteceu.

Caio diz que a marcha é sua identidade. Quando começou a praticar a modalidade, se apaixonou e se uniu ao pai no projeto de popularizar a marcha e dar continuidade ao que a mãe tinha começado. Para ele, a marcha é a união da família. Caio também luta contra o preconceito da modalidade pelo “rebolado” dos atletas, o que os tornam alvos de comentários homofóbicos