Keitany vence maratona de NY pela 3ª vez, e McFadden amplia o seu reinado

07/11/2016 13:23

Queniana adota "estratégia suicida", se desgarra do pelotão na metade da prova e mantém ritmo forte até cruzar linha de chegada sozinha. Biwot vence prova masculina.

 
A estratégia da queniana Mary Keitany para vencer a maratona de Nova York pelo terceiro ano consecutivo foi incomum. Ao invés de correr junto do pelotão e guardar a energia para arriscar tudo no fim do percurso de 42 km, a corredora de 34 anos se desgarrou das demais ainda na metade da prova. Sozinha, ela manteve o ritmo forte até cruzar a linha de chegada no Central Park em primeiro lugar, com tempo de 2h24m26s. Keitany foi a única a ter uma sequência de três vitórias em 30 anos - a primeira a alcançar a façanha foi a norueguesa Grete Waitz, duas vezes, nos anos 70 e 80. A também queniana Sally Kipyego (2h28m01s) ficou com a prata, e a americana Molly Huddle (2h28m13s), estreante na disputa, completou o pódio. Campeão da maratona no ano passado, o queniano Stanley Biwott desistiu de seguir na corrida devido a uma lesão na panturrilha direita. Aos 20 anos, Ghirmay Ghebreslassie, da Eritreia, tornou-se o mais jovem a vencer a maratona de Nova York. Ele completou a prova em 2h07m51s, superando o queniano Lucas Rotich (2h08m53s) e o somali naturalizado americano Abdi Abdirahman (2h11m23s). Na prova para atletas em cadeira de rodas, Tatyana McFadden, dos Estados Unidos, voltou a provar o seu domínio em longas distâncias ao conquistar o quarto título seguido na maratona de Nova York, com tempo de 1h47m43s. 

A atleta que sagrou-se vice-campeã olímpica na Rio 2016 nasceu na Rússia, mas foi adotada por uma família americana em um orfanato de São Petersburgo e cresceu em Maryland. 

McFadden é a única no mundo, entre atletas com e sem deficiência, a vencer em um mesmo ano as maratonas de Nova York, Boston, Chicago e Londres. A suíça Manuela Schar (1h49m28s) ficou em segundo lugar, e a também americana Amanda McGrory (1h53m15s) terminou em terceiro. 

A final entre os cadeirantes teve um fim emocionante e decidido no photo finish. O suíço Marcel Hug (1h35m49s) ficou com o título, após superar o australiano Kurt Fearnley (1h35m49s). Apesar de coadjuvante na briga pelo lugar mais alto do pódio, o americano Josh George (1h39m01s) terminou em terceiro lugar e não saiu de mãos vazias. Hug também foi o mais rápido nas maratonas de Berlim, Boston e Chicago neste ano, assim como na Paralimpíada no Rio.